quinta-feira, 30 de junho de 2011

Encontros da Imagem 2011 em Braga



“Novas Visões na fotografia social” é a temática apresentada para esta edição que vai decorrer em treze espaços da cidade de Braga de 16 de Setembro a 30 de Outubro e conta ainda com leitura de portfolios, mesas redondas e workshops.

A crise em Portugal e as transformações nos países de Leste, após a queda do Muro de Berlim, ocupam um lugar central na vigésima primeira edição dos Encontros da Imagem de Braga. O colectivo [KameraPhoto] estará representado no Museu D. Diogo de Sousa com uma retrospectiva sobre o estado social e politico português representado através do olhar dos treze fotógrafos que constituem este colectivo nascido em 2003. “New life | New Document”, comissariada por Vladimir Birgus, director da Universidade de Opava, na República Checa, apresenta uma visão dos países de Leste após a queda do Muro de Berlim. Será uma mostra colectiva com cerca de oitenta imagens de vinte e um autores, ocupará um dos espaços de maior relevo e dimensão da mostra - a sala do Recibo do Mosteiro de Tibães. Ainda se destaca “Things here and things to come”, um portfolio de José Pedro Cortes realizado em Telavive sobre quatro jovens judias americanas que desejam regressar a Israel com a finalidade de cumprir o serviço militar. Ainda a destacar o trabalho de Dragan Thomas que estará representado com “Nomads” no Museu da Imagem.

Encontra-se a decorrer a fase de inscrição para o prémio de fotografia “Emergentes DST” uma iniciativa da empresa Domingos Silva Teixeira, em parceria com os Encontros da Imagem, visando premiar o melhor portfolio de fotografia contemporânea 2011. Este prémio é atribuído através da Leitura Critica de Portfolios oferecendo aos fotógrafos a oportunidade de apresentarem o seu trabalho a comissários, galeristas e editores especializados, constituindo um meio de promoção internacional da sua obra.

Mais informações em: http://www.encontrosdaimagem.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011

TRIO JOUBRAN @ CTE - Jun 2011





Ritinha Lobo, Estarreja, 9 de Junho









Ritinha Lobo, Estarreja, 9 de Junho

Pouco passava das 22h quando Ritinha Lobo subiu ao palco instalado na praça Francisco Barbosa, bem no centro de Estarreja. O publico começou a chegar formando uma assistência muito uniforme logo no inicio do espectáculo. Ritinha Lobo, natural da Ilha do Sal, seja ela oriunda de uma família desde há muito ligada à música, revelando um talento ímpar, ganhando com naturalidade o 1.º prémio no concurso dos Pequenos Cantores, em 1987.
Fazendo parte de alguns dos eventos pluriculturais do nossos país tendo como ponto alto as festas do Avante em 2006, veio desta vez à região do Sal, para abrilhantar o já aclamado Festim – Festival Intermunicipal de Musicas do Mundo.
Acompanhada por Yami no baixo e guitarras, Carlos Garcia no Piano e Marito Marques na bateria, o concerto foi uma mistura de sonoridades fortemente vincadas pela atmosfera cabo-verdiana, que exuberava em todos os pequenos momentos do espectáculo.
Razões mais que naturais para experimentar as propostas sempre originais da programação do Festim, sendo que algumas delas são em espaços ao ar livre e de acesso grátis.

Emmy Curl e Hana Kogure, Mercado Negro, 3 de Junho





Emmy Curl e Hana Kogure

Mercado Negro, 3 de Junho


Na passada sexta-feira o auditório do Mercado Negro encheu-se de uma forma muito heterogenia para acolher dois projectos femininos que andam a dar que falar…
Emmy Curl deu o mote de saída, cautautora desde tenra idade, a sua criatividade exuberante, fomentada é certo pela família que lhe permitiu desde cedo gravar e esboçar o que seriam as suas primeiras melodias com apenas 11 anos.
Influenciada pela cultura e natureza transmontana, Emmy Curl, recolhe-se em Vila Real para compor a grande maioria dos temas. Com um percurso invejável para muitos dos músicos com a mesma idade, tendo feito a primeira parte de concertos como dos Eels no Coliseu. Já conta com EP gravado pela Optimus Discos, várias participações em publicidade e faz parte do projecto Rouge de João Vieira Fino.
Em Aveiro encantou os presentes com um concerto consistente, com uma sonoridade docemente bela que proporcionou uma viagem por densas florestas onde a calma e o sossego é uma raridade…
Pouco passava da meia-noite quando a segunda parte do concerto começou, Hana Kogure apresentou-se em Português. Não sendo uma estreia lusa, já antes tinha tocado em espaços como os Maus Habitos no Porto ou no Cabaret Maxime em Lisboa.
Veio apresentar “Palavras ao Vento”, projecto que se propõe criar músicas originais e inovadoras, tendo a base do processo criativo conjunto da cantora e compositora japonesa com poeta português Tiago Patrício, num encontro entre literatura e música, fomentando um intercâmbio de duas culturas: a japonesa e a portuguesa.
O concerto pecou pela falta de originais na língua nativa, contudo esse não era o propósito. Mas sim uma fusão de culturas que foi brilhantemente conseguido através de uma melodia vocal arrebatadora que levou a grande ovações por parte da assistência, que não arredou pé apesar de a hora tardia que já se fazia sentir…
O Mercado Negro voltou a brilhar em mais uma proposta…. Não se esgotando nos meros concertos do auditório e que tem contado com uma forte intervenção cultural inigualável em Aveiro.

Lula Lufa, Mercado Negro, 28 de Maio





Lula Lufa
Mercado Negro, 28 de Maio
Que Lufem por muito mais tempo…

Aconteceu no sábado passado no auditório do Mercado Negro mais um concerto inesquecível e que certamente ficará na memória da parca assistência que ocorreu ao espectáculo. Vieram da capital do Norte os dois artistas: Ricardo Santos Rocha que abrilhantou na concertina e Carlos Adolfo na percussão. “Foledad” é o título do espectáculo que anda na estrada desde 2005 altura em que o grupo se formou e começou seu caminho num percurso alternativo de rodagem. A forte presença da concertina, marcante ao longo de todo o concerto traz-nos recordações de uma musica mais tradicional, contudo a abordagem não é tradicionalista no dinamismo e componente cénica como os Lufa Lufa se apresentam. Sendo a segunda vez que o escriba os vê, leva-me a crer que este tipo de ambientes mais informais e mais pequenos, com uma assistência menor é certo, torna o espectáculo mais interactivo com o público e capaz de suscitar uma participação mais efusiva. A reviver sempre que possível, já que projectos desta natureza não são fáceis de encontrar…

Fotografia em espaço Publico - Aveiro









Fotografia em espaço Publico - Aveiro

A fotografia está em “alta” em Aveiro. Desta feita a fotografia veio ocupar o espaço público ou diria espaços públicos. No centro comercial Glicínias Plaza está montada uma exposição de Fine art do colectivo ART.ur, no Forum Aveiro está uma exposição de Guta de Carvalho e ainda em vários espaços da cidade (telhado da capitania, edifício Fernando Távora, exterior da caixa de palco do Teatro Aveirense, rotunda do Hospital e Glicínias Plaza) fotografias de sete (des)conhecidos de Aveiro apoiado pelo TEDX Aveiro.

ART.ur – Glicinias Plaza
ART.ur é um projecto em embrião desde 2007 que viu a sua concretização no inicio no mês de Maio no espaço comercial Glicinias Plaza. Sendo um projecto inicialmente pensado para um outro espaço cultural em Aveiro contudo, não agregava a quantidade de público que pretendiam atingir. Com o avanço do digital a fotografia começou a ficar no seu habitat, a arte reduzida a um ecrã torna-se mais fácil, deixando o espectador e interessado a reduzir o numero de visitas a exposições e a ver as obras na parede. Por causa comodismo, as galerias têm hoje, muito menos visitantes do que o que tinham à uns aos atrás, e embora haja um esforço enorme de vários promotores, essa situação não se tem vido a alterar. A Arte não pode ser elitista, levando este grupo a procurar o espaço e meios de expor o seu trabalho para que as pessoas fossem interceptadas de uma forma natural.
Do colectivo fazem parte Paulo Moreira, cresceu e viveu em Lisboa até 2001 altura em que deixa a capital para se instalar em Aveiro. Em Lisboa fez o plano de estudos em fotografia na Ar.Co tendo mais tarde desenvolvido projectos de impressão alternativos como a sensibilização de materiais e calotipias na Associação de Arte fotográfica. Alexander Kharlamov, natural de Moscovo (Rússia) vem para Aveiro em 93, onde frequentou o Conservatório de Aveiro em paralelo com o curso de desenho e pintura da ACAV, uma formação clássica natural dos países de leste, estando neste momento a terminar o mestrado em Gestão Industrial na Universidade de Aveiro. Autodidacta refere que passa a maior parte do seu tempo livre a aprender através de livros as diversas técnicas fotográficas tendo desenvolvido um método “híbrido” que consiste na manipulação digital de digitalizações de negativos de médio formato (fotografia analógica) com auxílio de uma mesa de desenho digital e programas de edição de imagem. E ainda Pamela Chávez, natural Chihuahua no México também autodidacta, tendo começado a fazer foto manipulação em 2009, fortemente inspirada pelo surrealismo, o mundo onírico, o simbolismo religioso e pagão. Trabalha como consultora independente e designer gráfica.
A exposição pode ser visitada até ao fim de Junho. Mais informações em: https://www.facebook.com/artur.galeria


Guta de Carvalho no Forum

O Forum Aveiro recebe uma exposição da autoria de Guta de Carvalho com uma selecção de fotografias alusivas ao navio-escola Sagres.
O fotógrafo Guta de Carvalho, natural do Barreiro, teve a oportunidade de acompanhar uma parte do percurso da terceira volta ao mundo do navio-escola Sagres – Sagres III, realizada em 2010 e que percorreu 27 cidades costeiras, de 19 países diferentes. Guta de Carvalho captou pormenores e detalhes da embarcação e da sua grandeza, criando uma espécie de diário de bordo que deu lugar à exposição fotográfica que vai estar presente até dia 12 de Junho, no corredor central do Forum Aveiro.
Esta exposição está integrada num road show que percorrerá todos os Centros Comerciais geridos pela Multi Mall Management.

JR - INSIDE OUT (vários espaços)
É difícil ficar indiferente as fotografias de grandes dimensões que estão presentes em alguns dos espaços públicos mais frequentados de Aveiro. Nas paredes figuram fotografias de Aveirenses conhecidos como o caso de Silvina Raimundo da Garagem do Doce juntamente com José Carvalho, bombeiro de alma e coração no exterior do Glicínias Plaza , Atita conhecido pela sua vida na água juntamente com Aurora Peres professora de matemática no edifício da capitania, Monsenhor João Gaspar, a vida inspirada por Jesus no Teatro Aveirense, Joaquina Ferreira André, peixeira no edifício Fernando Távora e Carlos Moreira o senhor da Bolacha Americana na rotunda do Hospital.
JR é um artista inovador que utiliza as ruas do mundo para apresentar a sua arte! Apoiado por inúmeros voluntários nas comunidades locais, já chegou a locais tão distintos e distantes, como as favelas no Brasil, bairros pobres no Quénia ou ao muro das lamentações em Israel, continuando a ser um artista francês anónimo, que nunca revelou o seu nome, e sempre que actua localmente com a sua arte não fica para explicar o que fez…o seu objectivo é promover o encontro entre os rostos desconhecidos que fotografa, as suas histórias, e a comunidade local e a própria comunicação social.
JR deixa um desejo para o Mundo: "Desejo que cada um de vocês marque uma posição em relação àquilo em que acreditam, e que participem neste projecto de Arte Global, e juntos seremos capazes de virar este mundo do avesso (INSIDE OUT)".

Saiba mais em: http://www.insideoutproject.net/

Erica Buettner e Birds are Indie





Erica Buettner e Birds are Indie
MN – 2011/05/20
Simplicidade contagiante…

Birds Are Indie são um duo, um rapaz e uma rapariga que começaram a fazer músicas no início de 2010 e entretanto já editaram dois EPs pela netlabel Mimi Records no final da primavera chegou ao mundo “Love Birds, Hate Pollen” e no final do verão do ano passado: “Life is Long” isto misturado com muita estrada e alguns concertos em salas mais intimistas como o caso do Mercado Negro. São projecto inovador pela simplicidade rudimentar e ao mesmo tempo caustico produzindo efeito prolongado e permanente de quem o ouve. Pena que muitas vezes projectos tão interessantes como este fiquem afastados da realidade do panorama musical.
Depois da presença no Mercado Negro em Março de 2009, Erica Buettner lançou o seu álbum de estreia em Abril passado com o título “True Love and Water” disponibilidado em versão electrónica ou através da ediora Cakes & Tapes . Com uma forma simpática de reagir com o público a Americana com radicada em Paris e a morar em Coimbra, mostrou o melhor das influências destes três países símbolo de dois continentes. Poderia mesmo afirmar que a música é universal e transversal, nostálgica desde o primeiro acorde de “Time Traveling” e seguiu-se uma leveza e simplicidade com temas como “Body Electric” ,“No Man’s Land”, “Our most fragile things”, surgindo depois uma história com música de encantar em “True Love and Water”, “ Under the radar”, “Red” e” Fats Accident time travelling” desta feita já ao som do banjo que trazia consigo. A auditório lotado vibrou e só terminou o concerto após dois doces encores deixando a plateia rendida por completo num estado de êxtase melancólico.

Fotografia Aveiro - Maio - 2011




Lomografia no Mercado Negro

O Mercado Negro e um núcleo de jovens lomógrafos sediados em Aveiro apresentam "Ensaio sobre Aveiro", um trabalho fotográfico que resultou de uma Maratona Lomográfica realizada no passado dia 27 do mês Março.
Na parede do corredor principal do MN desfila uma selecção de fotografias de várias formas e feitios, dando a conhecer o percurso realizado entre a praça do peixe tendo terminado na Universidade de Aveiro.
A exposição conta ainda com a descrição das diversas Lomo e câmaras analógicas vintage que estiveram a uso nesse dia.
O grupo informal começou por Pedro Serralva, Diogo Teles, Rosário Pinheiro e Frederico Silva que no meio de uma conversa surgiu a ideia de criarem um grupo sediado em Aveiro sobre a temática da fotografia analógica. A Maratona Fotográfica, surgiu de uma ordem normal crescimento pretendendo apresentar a Lomografia aos participantes, dado que alguns deles ainda não estavam familiarizados com o conceito, promovendo dessa forma o contacto e troca de experiencias entre os vários participantes.
A mostra pode ser visionada até dia 4 de Junho que culminará com uma festa de encerramento.
+ info: http://www.facebook.com/lomografiaveiro

“Sensibilidades” de Eduardo Teixeira Pinto
Aveiro acolheu a primeira exposição itinerante “Sensibilidades”, que consta de uma selecção de 38 fotografias, premiadas a nível nacional e internacional, de um vasto espolio do acervo de Eduardo da Costa Teixeira Pinto. Nascido em Amarante, em 1933 e filho de Joaquim Teixeira Pinto, proprietário da Foto Arte, uma das primeiras lojas de fotografia do distrito do Porto. A exposição remete-nos a três décadas compreendidas entre 1950, altura em que Eduardo Teixeira Pinto se profissionalizou, e a década de 70, altura em que já contava no seu curriculum com várias dezenas de participações em salões de fotografia dos cinco continentes.

Foi membro activo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente «Associação Fotográfica do Porto», «Grupo Câmara» (Coimbra) e «Associação Fotográfica do Sul» (Évora). A sua vasta obra, dotada de um olhar poético sobre a realidade, fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX com fotografias que abordam diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana, que tão bem soube conciliar.


Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal» e «Quietude», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional.
Falecido em Janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto deixou um espólio fotográfico de valor incalculável sendo vontade da família promover a sua divulgação através da exposição proposta tendo sido igualmente publicado um livro em Dezembro de 2010, Eduardo Teixeira Pinto - a poética da imagem, numa edição que consta de cerca 230 fotografias de Eduardo Teixeira Pinto agrupadas por temáticas: O Rio, A Nossa Terra, A Nossa Gente, as Festas e Outros Olhares.
“Sensibilidades” de Eduardo Teixeira Pinto ficará patente ao público até ao dia 5 de Junho na Galeria dos Paços do Concelho podendo ser visitada de terça a sexta-feira, das 14.00 às 18.00 horas, aos sábados, domingos e feriados das 15.00 às 19.00 horas. Tem entrada livre.
+info: http://www.eduardoteixeirapinto.com/home.html