segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Festival de Cinema Luso Brasileiro - Consagração do melhor do cinema em Português


Ao contrário da Estação Ferroviária da Feira, o Festival Luso Brasileiro revelou uma maturidade e consistência de uma equipa que sabe se destacar no meio cinematográfico em Língua Portuguesa.

Chegou ao fim no passado dia 11 de Dezembro a décima quinta edição do Festival Luso Brasileiro. O festival de cinema da Feira acolheu durante mais de uma semana nomes consagrados do cinema nacional e cineastas do Brasil. Uma simbiose que transforma o festival num marco único no meio de tantos existentes no nosso país. Com esta mistura de Portugal/Brasil os prémios foram distribuídos para os filmes: Yama No Anata/Para Além das Montanhas de Aya Koretzky de Portugal, que venceu nas categorias de melhor filme, Revelação e Critica, o filme da Brasileira Julia Murat – Histórias que só existem quando Lembradas, venceu os prémios de Melhor Actriz, prémio Cineclubes e ainda o prémio do Público. Nas Curtas os prémios foram para Incêndio de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman para o melhor filme, Homenagem a quem não tem onde cair morto de Patrick Mendes prémio revelação, OMA de Michael Wahrmann prémio especial do júri, Quando Morremos à Noite de Eduardo Morotó Menção Honrosa do Júri, Ovos de Dinossauro na sala de estar de Rafael Urban prémio da Critica, Tela de Carlos Nader prémio Cineclubes, Barba de Paulo Abreu prémio do Público e ainda o prémio onda Curta para Cão de Iris Junges. Mais uma vez de louvar a iniciativa do Cine Clube da Feira que a cada edição transforma o auditório da Biblioteca Municipal da Feira num espaço acolhedor do melhor do cinema Luso Brasileiro.

A Jigsaw @ Mercado Negro, 07 de Dezembro de 2011






Um concerto dos Conimbricenses A Jigsaw é sempre um acontecimento. Desta feita para além do aniversário do vocalista (João Rui), o momento de festa foi também provocado pela vinda (a Aveiro) do último álbum “Drunken Sailors & Happy Pirates”. Estava prometido desta o brilhante Showcase de Setembro passado, que aconteceu também no auditório do Mercado Negro. A apresentação deste novo registo de originais da banda veio cheiinho de surpresas. Após um inicio mais ou menos convencional, ao longo das quase duas horas de concerto foram contadas histórias da tournée europeia dos Jigsaw e acontecimentos que levaram à escolha de umas canções em detrimento de outras, isto quando estavam na fase final de gravação e selecção musical do álbum. “Drunken Sailors & Happy Pirates” foi brilhantemente desbravado ao longo do concerto, assim como musicas já conhecidas dos anteriores registos “Like The Wolf” e “Letters from the boatman”. A versão intimista deste concerto motivada pela plateia composta por amigos e acompanhantes da banda, que desfrutaram de um momento verdadeiramente acolhedor pela forma e ritmo do concerto… Já tinha recomendado este concerto no meu anterior artigo sobre os Jigsaw e recomendo ainda mais vivamente a aquisição do seu mais recente trabalho de originais que vale mesmo o investimento. Ao Mercado e aos músicos um agradecimento mais uma vez pela agradável noite proporcionada.

4TET ft. OMER AVITAL @ Teatro Aveirense, 07 de Dezembro de 2011





Parece que certos estilos musicais tem a sua época do ano em que se tornam especiais. E comecei com um parecer já que foi com o denso ar húmido que se fazia sentir na passada quarta-feira que o quarteto de jazz percorria as ruas da nossa cidade à procura de uma inspiração momentânea para o brilhante concerto que iriam executar. O leve caminhar, transfiguração dos sentidos, dentro de uma curta viagem pelos trabalhos dos vários compositores reunidos num pequeno palco com o grande mote de abrilhantarem a noite aveirense. Liderado pelo pianista Filipe Melo e o guitarrista Bruno Santos, o grupo que foi criado com o intuito de acompanhar lendas do jazz internacional quando estas se encontram por terras Lusas. Nos últimos anos, este grupo acompanhou nomes como Peter Bernstein, Donald Harrison, Jesse Davis, Paulinho Braga, Sheila Jordan, Herb Geller e Martin Taylor. Este ano a proposta era o contrabaixista israelita Omer Avital, um dos mais influentes baixistas da última década, sinónimo de inovação e virtuosismo do Jazz em Nova Iorque. Numa atmosfera mais urbana, o concerto foi um balanço do melhor do jazz misturado com uma dinâmica vibrante que a cada momento que passava nunca se perdia uma pitada do melhor que poderia aclarar a audição do parco publico presente. Uma aposta forte e continuada por parte do Teatro Aveirense que demonstra o agradável sentido de bom gosto quando se fala de jazz.